Lendilhando... - Page 2 - Seleção de lendas dos alunos do 7º ano da ESQM 2 Índice Introdução ………….………………………………………. 3 A Lenda do Mar …………………………………………… 5 A Lenda da Lua ……………………………………………. 6 A Lenda da Abóboda …………………………………… 7 A Lenda da Mary John …………..……………………. 8 Lenda da Falésia ……………….………………………… 9 A Lenda das Estrelas ………….……………………… 10 A Lua …………………………….…………………………… 12 A Lenda da Madeira ………………………….………. 13 A Lenda da Escola ………………………….………….. 15 A Lenda das Minas de Ouro …………….………… 17 Lenda do Rio Indo …………………………………….. 19 A Lenda dos Robôs ……………………………….…… 20 Rosas Vermelhas ………………………………..……… 21 A Lenda do Homem Barata ……………………….. 23 Lenda – A Caça às Bruxas de Salem …………... 25 A Lenda de Vilamoura ………………………………. 26 A Lenda dos Miraculous …………………..………. 27 Alienígenas na Terra ……………………..…………. 29 Lenda Histórica ………………………………..………. 30 Lenda da Nutella ………………………………………. 31 A Lenda do Triângulo das Bermudas ………… 32 Lenda da Ilha de Mako …………………………….. 33 A Lenda do Tribunal …………………………………. 35 A Lenda do Vidro ……………………………………… 36 Lenda da Floresta Negra …………………………….. 37 Lenda da Sereia ……………………………………..….. 38 Linda-a-Velha ………………………………..…………… 39 Lenda da Trump Tower ………………….………….. 41 A Lenda dos Apêndices ……………………..……….. 42 Lenda da Morte de Jonny Michovet …….…….. 43 Porque é que o Mar é Salgado? …………….…... 45 Árvores …………….………………………………………… 46 Lenda da Venda de Raparigas ……………….……. 47 Lenda de Chalalakakumba ……………….………… 48 Mina Miller e a Lâmpada ……………….………….. 49 Lenda de Lisboa …………………………………………. 50 As Trovoadas …………………………………..………… 51 Lenda de Portalegre ….…………………………….... 52 Serra da Estrela …………………………………….…… 54 Lenda da Bela Vista …………………………………… 55 Lenda de Scotland ………………………………….…. 56 Origem da Matemática …………………………….. 58 Uma Aventura Assombrada em Nova Iorque ……. 59 A Lenda do Macaco …………..………….………….. 60 A Lenda da Chuva …….……………………………….. 61 A Lenda do Futebol .………………………………….. 63 Stonehenge …………………………………………..….. 64 Conclusão …………………….…….…………………….. 66 3 Introdução Este trabalho resulta do Projeto/Oficina A. L.E.R. (Aprendizagem, Leitura, Escrita e Reescrita), que surgiu no âmbito da Oficina de Formação “Planeamento da ação estratégica de promoção da qualidade das aprendizagens” e como consequência da medida de promoção do sucesso escolar que se lhe seguiu, com o intuito de recuperar os alunos das lacunas identificadas, a nível de conteúdos e competências, desenvolver a literacia da leitura e da informação, promovendo a criatividade e o espírito crítico, melhorar a prática pedagógica colaborativa, apostando na estratégia de coadjuvação, diversificar metodologias de ensino e aprendizagem, intensificando o trabalho prático e incentivar à aprendizagem colaborativa, em contexto de oficina. Os alunos das 6 turmas do 7º ano da ESQM, que se encontram na faixa etária dos 12-13 anos, produziram a selecção de lendas que aqui podemos encontrar, pondo em prática as aprendizagens efetuadas na disciplina de Português e vasculhando o baú da imaginação individual e coletiva. Foi um processo de descoberta e de criação que decorreu em diferentes tempos e espaços. Assim, ao longo do ano letivo 2016/2017, os alunos, quer na sala de aula, quer na biblioteca da escola, organizaram-se maioritariamente em pequenos grupos, partilhando ideias, planificando, estruturando e produzindo lendas únicas, tendo por base temas originais surgidos das referências culturais e das preferências de cada um. O produto final desta atividade englobou trabalho de pesquisa, leitura, escrita e reescrita recorrendo, ao longo de todo o processo, à utilização de diversas ferramentas, no âmbito das novas tecnologias da informação. As professoras orientadoras deste projeto foram Teresa Gouveia, em coadjuvação com Maria Clara Santos e Vera Marques e em colaboração com a coordenadora da BE, Olga Afonso. 5 A Lenda do Mar Há muitos, muitos anos existia uma pequena aldeia de elfos ao pé do mar. Perto da pequena aldeia havia duas montanhas: uma, onde os elfos trabalhavam, e outra, que era guardada por monstros que viviam no subterrâneo da gruta. Um dia, os elfos tiveram a curiosidade de ver o que estava na gruta, reuniram-se e entraram. Ao entrar, escorregaram e caíram num buraco, em cima de umas suaves flores doiradas. Quando os monstros ouviram o estrondo, foram logo ver o que se passava. Os elfos, ao ver os monstros, ficaram cheios de medo, e em coro disseram: – Não nos façam mal, por favor! Os monstros, com um ar simpático, disseram: – Não se preocupem, não vos vamos fazer mal. Os monstros levaram-nos ao seu rei e à sua rainha. Pelo caminho, os elfos viram a sala secreta dos monstros, onde se encontrava a sua grande preciosidade, o sal, que os elfos cobiçavam. Os monstros proibiram-nos de entrar e então os elfos, quando saíram, prenderam-nos com uma barreira mágica. A partir desse dia, a montanha passou a chamar-se Monte Ebote. Passados alguns anos, uma criança chamada Frisk decidiu ir à montanha e caiu no buraco, libertando os monstros. Frisk conheceu muitos monstros e fez muitas amizades e sentiu que fazia parte de uma família, pela primeira vez. Quando Frisk chegou ao palácio do rei elfo Asgore, lutou com ele, até fazer um acordo: ele podia usar a sua alma para os libertar dos monstros, mas em troca deitaria o sal para o mar, para que não houvesse mais brigas. Assim foi, Frisk ganhou uma família e amigos que o amaram muito. E foi deste modo, graças a Frisk, que o mar passou a ter sal. Joana Lima e Inês Encarnação, 7ºA 6 A Lenda da Lua Há muito, muito tempo, num planeta muito distante, viveu um rei chamado Sam. Ora, este planeta era muito maior que a Terra e sendo tão grande também produzia muito lixo. Com o passar do tempo surgiu um grande problema: onde colocar todo este lixo? Primeiro, tentaram dá-lo a comer aos goblins, pequenos animais verdes muito agressivos, mas o lixo tornava-os ainda mais fortes e acabaram por matar muita gente. Depois, tentaram construir uma máquina do tempo para enviar o lixo todo para o futuro, o que resultou durante pouco tempo, pelas razões óbvias. Por último, construíram fisgas gigantes com uma potência enorme para atirar o lixo para muito longe. Parte desse lixo foi parar à órbita da Terra e aí decidiu ficar. Se algum dia forem à Lua, lembrem-se de não tirar o capacete, ou morrerão por intoxicação. Dánial Abdurramane e David Soares, 7ºB A lenda da Abóboda 7 A Lenda da Abóboda Na localidade de Abóboda há muitas lendas e nós vamos falar de uma que tem a ver com o seu nome. Nesse tempo, a localidade ainda não tinha um nome definido. “Abóboda”… isto faz lembrar abóbora. Há muitos anos, no dia das bruxas, as crianças estavam a pedir doces. Reza a lenda que as crianças que tivessem mais doces iriam vê-los transformados em abóboras, por uma bruxa. Mas as crianças não acreditavam nessa lenda. No entanto, à meia-noite, quando elas estavam a voltar para casa, apareceu uma bruxa que lhes disse que ia transformar os seus doces em abóboras. As crianças começaram a rir-se e a bruxa cumpriu o que prometera. As crianças começaram a chorar, foram para casa, os pais perguntaram-lhes o que tinha acontecido e elas contaram. Depois de toda a aldeia saber o que tinha acontecido, deram o nome “Abóboda” à sua terra. Diogo Pinto e Vasco Ferreira, 7ºC 8 A Lenda da Mary John Numa pequena aldeia, na América, as pessoas contavam um ditado aos netos: “Cuidado com a Mary John, não tem filhos, só marionetas (…)”! Nessa mesma aldeia existia um miúdo que era muito coscuvilheiro e que decidiu entrar na casa da Mary John. Encontrou lá uma marioneta e levou-a para casa. Após dois dias com a marioneta, os pais do miúdo notaram uma diferença no seu filho: parecia estar possuído. Os pais levaram-no a um exorcista e ele disse: “O seu filho não tem cura, está possuído para sempre.” Nessa mesma noite, o miúdo desapareceu deixando a sua roupa na cama. Os pais decidiram ir à casa abandonada da Mary John e notaram uma diferença, existia mais uma marioneta do que o normal. Então, o pai do miúdo lembrou-se de que, quando era criança, tinha um amigo que desaparecera, após ter entrado na casa da Mary John. Suspeitando da Mary John, as pessoas foram atrás dela e queimaram-na viva. De repente, apareceu uma senhora à sua frente e disse: “Chamo-me Mary John e estou aqui para me vingar de quem me matou.” Então, Mary matou os pais do menino e eles tornaram-se marionetas, tal e qual o filho, e ela disse: “Cuidado com a Mary John, não tem filhos, só marionetas: ao entrares em casa dela, o seu filho te tornarás!” Francisco Valente e Bernardo Barata, 7ºD 9 Lenda Da Falésia Conta a lenda que no meio do oceano havia uma pequena ilha onde habitava um gigante, que por acaso convivia com gnomos, para guardarem um grande tesouro. Um dia, eles avistaram um monstro a aproximar-se da sua ilha. Prepararam-se para o ataque. Foram buscar umas penas que tinham guardadas, enquanto o gigante tentava atacar por debaixo de água. Enquanto os gnomos estavam a fazer cócegas ao monstro, não se conseguiram conter de tanto rir. Então, ele caiu em cima da ilha onde os gnomos e o gigante guardavam o grande tesouro. Os pés do monstro formaram falésias tão grandes, que até hoje o tesouro continua lá, de onde ainda ninguém o conseguiu tirar. Beatriz Baptista e Carolina Graça, 7ºE 10 A Lenda das Estrelas Em tempos, no Alentejo, existia uma aldeia de gigantes. Humberto, Américo e Cristóvão eram três irmãos que faziam parte desta aldeia. Humberto era o mais desastrado da aldeia, destruindo quase tudo à sua passagem. O seu irmão mais novo, Américo, era o mais vaidoso de todos os gigantes, levando sempre um espelho do tamanho de uma casa como as nossas no bolso. Por sua vez, Cristóvão tinha alergia a tudo… Não passava mais de três minutos sem espirrar! A época da Primavera era o auge das alergias de Cristóvão. Numa noite primaveril, o gigante estava a passear por um campo cheio de flores de variadas cores e tamanhos. De súbito, surgiu uma rajada de vento, carregada de pólen que foi diretamente para as narinas do pobre Cristóvão e este, ao respirar tanto pólen de uma vez só, sentiu a maior vontade de espirrar que alguma vez sentira. Respirou bem fundo e… ATCHIIIIM!!! O seu espirro foi tão forte, tão forte, que todos os pequenos grãos de pólen que tinham sido respirados pelo gigante, foram expelidos para os céus, formando pequenos pontinhos, a que nós chamamos estrelas. Catarina Martins, Maria Francisca Brito e Sara Matos, 7ºF 12 A LUA Antigamente, todos os anos, os anõezinhos que habitavam a Terra atiravam queijo ao ar para festejar a invenção do queijo. Um dia, uma anãzinha chamada Lua atirou um queijo ao ar e ele não regressou. Os anõezinhos ficaram muito espantados e, a partir daí, sempre que atiravam queijo, ele não regressava. Passados uns anos, começou a aparecer uma bola de queijo gigante no céu, até que se formou uma circunferência perfeita e, desde então, ficou sempre lá. Os anõezinhos chamaram-lhe Lua, o nome da primeira anãzinha que atirara o queijo. Leonor Moita, Ana Martinenco e Érica Araujo, 7ºA 13 A Lenda da Madeira Há muito, muito tempo, Portugal era apenas um reino. Ao longo dos anos, foram-se conquistando novas terras, mas o nosso foco é uma ilha vulcânica a que chamaram de Ilha da Madeira. Deram-lhe esse nome pois era uma ilha onde fabricavam os melhores barcos com a forte e rica madeira que lá existia. Durante vários anos, a Ilha Da Madeira não só servia para fabricar os melhores barcos, mas também para praticar o comércio e para cultivar toda a espécie de legumes pois o terreno era muito fértil. Num dia muito nublado e triste, um comerciante português resolveu ir até à ilha para fazer as suas trocas comerciais. Ia procurar todas as especiarias possíveis, pois, naquela época, quem tinha especiarias era considerado rico e muito importante. Quando faltavam apenas algumas milhas para pisar na superfície da Ilha da Madeira, uma forte tempestade surgiu e o comerciante foi puxado pelas águas que banhavam esta ilha. A notícia espalhou-se muito rapidamente, até chegar aos ouvidos do Rei. Toda a gente pensava que era um monstro dos mares, uma lenda que os velhos sábios contavam há várias gerações. Chamavam-lhe Satan (mas as pessoas mais cultas chamavam-lhe Deus dos Mares). Poucas horas depois do terrível acontecimento chegar aos ouvidos de toda a população portuguesa, a Ilha da Madeira ficou deserta pois todos tinham medo de se tornarem na próxima vítima do Deus dos Mares. Passados anos e anos, a notícia do Deus dos Mares foi esquecida por quase toda a população portuguesa, menos por um rapaz que era muito curioso. Esse rapaz tinha muitos conhecimentos científicos e geográficos e estava muito à frente do seu tempo. Ele sabia que não era um monstro,
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